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SALTOS DE DESENVOLVIMENTOS

  • Foto do escritor: aleitamentomaterno
    aleitamentomaterno
  • 15 de jun. de 2019
  • 5 min de leitura

Vamos falar sobre as fases marcantes na vida da criança.

Meu filho está em crise! Como lidar com as fases mais conturbadas do desenvolvimento do bebê.

É quase sempre assim: estava tudo certo, transcorrendo na maior calmaria quando, de repente, a relação virou de pernas para o ar. O bebê começa a chorar como se o mundo estivesse acabando, foram-se as noites de sono de toda a família, a alimentação fica mais difícil, e os pais (ah, os pais!) passam a colecionar cabelos brancos de tanta preocupação. – Alguma coisa está errada com meu filho – é o que dizem assim que se sentam na cadeira em frente ao pediatra. E frequentemente acalmam-se logo em seguida. Não há nada errado com a criança. Ela só está passando por mais uma fase de desconforto, necessária ao seu amadurecimento.

Desde o nascimento até completar três anos, são pelos menos seis os possíveis momentos de "crise" – sendo dois deles os mais frequentes: a chamada angústia da separação, que costuma aparecer no oitavo mês, e a famosa fase terrible two, a "terrível" adolescência do bebê, que tem seu auge aos dois anos. Podem ser períodos de muita manha e birra, mas é importante que se saiba que estão relacionados aos saltos de desenvolvimento e picos de crescimento da criança. – Toda crise ocorre porque o bebê vai sofisticando a sua maneira de ver o mundo à medida que vai se desenvolvendo. Ele assimila uma situação e entra em desiquilíbrio, o que é fundamental para que chegue à etapa seguinte, que é a da adaptação

Nem todas as crianças passam por esses momentos. E nem todas as que passam os enfrentam da mesma maneira – há as mais sensíveis e as menos incomodadas com as novas situações. Para algumas, duram apenas alguns dias, para outras, os períodos em que nada parece estar bom perduram por meses. Tudo normal. Não há motivo para desespero, necessidade de medicamento ou fórmula certa para contornar a situação. As únicas recomendações dos especialistas envolvem afeto e compreensão dos pais. – Eles devem aprender a curtir cada momento pelo qual os bebês estão passando. Tem que ter equilíbrio, bom senso, tranquilidade e um ambiente saudável e acolhedor. Podem ser momentos difíceis, mas são tão marcantes e dão tanta felicidade para as famílias que precisam ser curtidos. Toda crise é um excelente momento para crescer,

Hoje falaremos de 2 fases - O nascimento O fim do primeiro trimestre,

AQUI FORA É TÃO DIFERENTE - PRIMEIROS DIAS

Foram nove meses de um escurinho aconchegante. O lugar não era lá muito grande, mas suficiente para abrigá-lo com conforto e segurança. Fazia calor na medida certa, havia o embalo ideal para tirar a constante soneca. O som de fundo não podia ser mais agradável: o dos batimentos cardíacos da mãe. Não tinha mesmo do que reclamar. Só que um dia faltou espaço, e foi preciso nascer. O bebê deixou o útero e foi tomado por uma luz branca, característica dos hospitais. Médicos e enfermeiros o levavam para lá e para cá. Recebeu carinho da mãe e do pai. E foi para casa (uma bem diferente daquela em que morou por cerca de 40 semanas) com a missão de se habituar a uma nova rotina: mamar no peito, ouvir barulhos diferentes, ser embalado por um monte de gente que não via a hora de conhecê-lo. Se for considerada a série de mudanças repentinas pelas quais são desafiados, há de se concordar que ser bebê não é tarefa assim tão fácil. E aí os pais, que idealizavam o "serzinho" perfeito, têm de entender o chororô, que pode se intensificar lá pelo quarto ou quinto dia de vida. – Ele perdeu todas as referências que tinha: os limites do espaço onde estava, a forma como se alimentava, passa a ter uma experiência sensorial com o mundo, tem de conviver com a luz. É normal que fique um pouco mais agitado, afinal, precisa se adaptar a um novo ambiente . Aos pais inexperientes, trata-se do primeiro aviso: é melhor irem se acostumando. As fases de desenvolvimento das crianças nem sempre são feitas de paz. Mas nunca devem receber o rótulo de aterrorizantes. É preciso calma e conhecimento, principalmente até os três anos, quando o pequeno passa a ter plenas condições de expressar seus sentimentos..

É como cair em um mundo novo sem muitos recursos para desvendá-lo. Sem ainda enxergar muito bem – somos todos míopes quando nascemos e só passamos a ver melhor por volta dos seis meses –, o conhecimento é absorvido e as relações se dão principalmente por meio dos sons e do tato. E, nesta fase, toda reclamação vem expressa em choro, um meio de comunicação bem eficiente: com ele, as fraldas são trocadas, o banho é providenciado, o soninho é embalado e a amamentação é iniciada quase que instantaneamente. É só abrir o berro que a mágica se faz.

EU NÃO SOU A MAMÃE - FIM DO PRIMEIRO TRIMESTRE.

Dizem que o bebê passa por dois nascimentos. O primeiro deles é o biológico, aquele do parto. O segundo ocorre por volta do terceiro mês, o nascimento psicológico. Durante todo o primeiro trimestre, conhecido também como período simbiótico, o bebê tem a sensação de que ele e a mãe são a mesma pessoa – uma espécie de "mãefilho", um ser só. No fim deste período, já se passaram três meses de vivências e evoluções. A vida parece estar se organizando. O bebê mama melhor, a mãe está mais confiante. A criança começa a olhar fixamente para os olhos dela e sorri com as brincadeiras. Até que começa a suspeitar de que não está enroscada no "tronco da árvore", que é a mãe, mas que está perto dela. O bebê passa a ter a percepção do "primeiro outro", que, na maior parte das vezes, é a própria mãe. – Ele sai da simbiose total para a primeira consciência de que existem outras pessoas, de que o mundo não é somente ele. Aí pode sentir a necessidade de ter a mãe mais por perto. E mamar pode não ser mais só um exercício para matar a fome, mas também uma forma de voltar a ter aquela segurança que ele sentia no primeiro trimestre.. Nesta fase, além de lidar com os choros mais frequentes, a mãe pode ter a impressão de que o bebê está mamando mais vezes e de forma mais rápida. Na verdade, ele está mais distraído, olhando o mundo que o cerca, e gasta menos tempo para se alimentar porque consegue sugar o peito mais facilmente – ele tem mais força, e a mãe, mais leite. Portanto, se a criança estiver se desenvolvendo, ganhando peso sem ajuda de qualquer complemento, não há motivos para preocupação. É só mais uma fase de adaptação – e oportunidade de acompanhar mais um passo do crescimento do filho.

Fonte - SBP

Imagem: gazetadopovo.com.br

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